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Red Dead Redemption

3 participantes

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1Red Dead Redemption Empty Red Dead Redemption Dom Out 30 2011, 04:40

llluuua

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RED DEAD REDEMPTION: ANÁLISE

Red Dead Redemption Red2
Já muitos jogos o tentaram, e em formatos variados. Outlaws, um first person shooter da Lucasarts lançado em 1997. Ou Desperado, jogo de estratégia de acção (se é que se pode classificar assim). Até o velhinho Sunset Raiders, um side-scroller das arcadas que também foi publicado para Mega Drive e Super Nintendo, e que incontáveis moedas gastou a muito boa gente. Muitos tentaram e, em certos pontos, até conseguiram fazer-nos entrar naquele mundo do velho oeste, que o mundo do cinema há tanto nos mostra, em filmes como “o Bom, o Mau e o Vilão”, ou “Tombstone”.


Mas nunca um jogo conseguiu a todos os níveis ser uma recriação absolutamente fiel do velho oeste, e sendo, ainda por cima e sem dúvida alguma, candidato a jogo do ano, se não até , candidato a estatuto de clássico.

Red Dead Redemption, foi criado pelos estúdios de San Diego da Rockstar, que já tão bem nos tem habituado a mundos abertos, cheios de personagens memoráveis. Mas na verdade, nem Grand Theft Auto 4, consegue atingir o nível de qualidade de Red Dead Redemption, que mesmo com as suas falhas técnicas (e tem bastantes), pode ser considerado um passo na direcção certa para a definição de jogos como sendo arte. Red Dead Redemption é uma sequela espiritual do jogo também lançado pela Rockstar intitulado Red Dead Revolver, se bem que a ligação entre os dois, se fica apenas pelo facto de serem da Rockstar, e o cenário ser o velho oeste, já que Red Dead Redemption não tem qualquer ligação com a narrativa do jogo anterior.

A história de Red Dead Redemption começa em 1911 e centra-se em John Marston, um criminoso, antigo membro de um gang, que abandonou (ou pelo menos tentou abandonar) a sua antiga vida de violência e crime, na esperança de poder viver em paz com a sua mulher e filho, utilizando as ferramentas de um rancheiro para viver, e não de um pistoleiro.

E era assim que vivia, até ao dia em que agentes do governo, desejosos de fazer carreira e espalhar a nova forma de vida, menos entregue ao “salve-se quem puder” e mais controlada pelo governo, raptam a mulher e filho de Marston, obrigando-o a caçar os membros do seu antigo gang. Afinal de contas, porquê sujar as mãos e correr o risco de levar um tiro, se há outros que podem fazer o trabalho sujo?

Em 1911, o velho oeste, estava já de saída. A chamada civilização começava a chegar às partes mais recônditas do sul e oeste americanos. O automóvel já aparecia de vez em quando, o telefone também já existia, e tudo isto ameaçava o fim do estilo de vida que tinha marcado essa região durante tanto tempo.

Durante a sua missão, John Marston ver-se-á confrontado com as consequências da vida que levou, e no fundo essa é, para mim, a moral da narrativa de Red Dead Redemption, que é impossível fugir do passado, e que violência gera violência (ou então, que o governo é mau. É à escolha).

Este é sem dúvida alguma, o jogo mais emocional que a Rockstar já produziu, e sem revelar spoilers, posso dizer que poucas vezes vi pessoas a dizer que choraram com o final de videojogos, sendo o caso mais conhecido e comum, o final de Final Fantasy 7, no entanto, uma rápida visita ao Youtube, em vídeos com a banda-sonora do jogo, mostra que o que não falta são pessoas a confessarem terem chorado com o final de Red Dead Redemption (não aconselho a visita, se não tiverem terminado o jogo. Está tudo minado de spoilers).

E realmente a banda-sonora também muito contribuiu para toda a emotividade do jogo. A banda sonora deste jogo, ao contrário de, por exemplo, os Grand Theft Auto, é toda original, ou pelo menos versões novas feitas propositadamente. Para além da música que se vai ouvindo durante o jogo em diversas situações, como tiroteios, ou perseguições, e que parece uma mistura de jazz muito primário com música do velho oeste, há também 3 momentos musicais durante o jogo, que são daquele tipo de momentos que fazem um título como este ascender de obra-prima ao estatuto de clássico. Posso apenas dizer que um dos momentos ocorre mais ou menos a meio do jogo, quando John Marston atravessa o rio, e vai para o México, o outro é quando John Marston termina a última missão para os agentes, e o último momento é a música nos créditos finais. Joguem e comprovem. È garantido.
Red Dead Redemption Red1
Mas vamos passar às questões mais técnicas. O mundo de Red Dead Redemption está dividido por dois países, que são obviamente o sul dos Estados Unidos e o Norte do México, e dentro de cada um dos países podem contar com pelo menos uns 3 tipos de terreno, fauna e flora diferentes. Nos Estados Unidos temos grandes planícies onde grandes búfalos passam os dias a comer erva; há montanhas com neve, povoadas com perigosos ursos; há o tipo de ambiente mais desértico que faz lembrar qualquer filme de cowboys que já se tenha visto, e há o tipo de terreno e de vegetação que faz sinceramente, lembrar a série “Uma pequena casa na pradaria”. No méxico, há deserto com cactos e muito pó, há deserto com grandes formações rochosas e uma cor mais alaranjada, e há também uma secção mais verdejante. Em Grand Theft Auto, Liberty City tinha 3 zonas diferentes, compostas por 3 ilhas, e a verdade é que apesar de cada uma ter edifícios de tipo diferente, por ser uma única cidade, não parecia minimamente tão grande como o mundo de Red Dead Redemption. Este tipo de ambientes diferentes dentro do mesmo mundo, faz muito pela longevidade do jogo, pois o jogador não se satura tão facilmente com o cenário. Claro que isso também pode ser explicado pelo facto de andarmos de cavalo para todo o lado, que é bem mais lento que um carro desportivo.

Mas, mesmo sendo mais lento, o transporte a cavalo, não cansa. Por muitas vezes dei por mim a cavalgar para pontos distantes do mapa, quando podia ter utilizado a opção de fast travel, em que John Marston pode armar um pequeno acampamento com o qual não só tem a opção para viajar automaticamente para várias localizações pré-definidas, mas também viajar para o waypoint que tenhamos definido no mapa, bem como guardar o jogo. Nunca num jogo cavalos foram tão bem recriados, e tão satisfatórios de montar ou de domar (visto que uma das coisas possíveis de fazer neste jogo, é atirar um laço ao pescoço de um cavalo selvagem, para depois o domar)

Para além do cavalo, também é possível viajar de diligência, que está sempre ou quase sempre disponíveis nas cidades e vilarejos espalhados um pouco por todo o mundo, e que funciona um bocado como os táxis nos jogos do Grand Theft Auto. Para além disso, também é possível andar de comboio a vapor, que viaja por todo o mundo. Claro que a escolha de transporte pessoal não se fica pelos cavalos (que variam entre si, não só na velocidade máxima a que conseguem cavalgar, mas também o tempo que resistem a cavalgar a essa velocidade). Há também burros, carroças pequenas de um só cavalo, carroças maiores com 2 ou 4 cavalos, e até as próprias diligências podemos dirigir.
Infelizmente uma forma de locomoção que não está disponível em Red Dead Redemption é nadar, mas de certa forma faz algum sentido que numa área tão árida, e naquela época uma personagem como John Marston não soubesse mesmo nadar.

Dentro deste mundo há imensas actividades para fazer, para além das missões principais, e que fazem avançar a narrativa. É possível participar em corridas, é possível caçar animais e tirar-lhes a pele e carne para vender, é possível recolher plantas para vender, é possível capturar bandidos em troco de recompensa, bastando para isso apanhar os posters de “Procurado” que vão aparecendo nas cidades. Outras actividades incluem jogar poker, jogar blackjack, jogar ao “5 finger fillet” (aquele jogo que envolve uma faca afiada, e tentar muito rapidamente acertar nos espaços entre os dedos de da nossa mão aberta), também é possível fazer trabalhos em ranchos para domar cavalos, e várias outras actividades. Para além dessas actividades já programadas e que se pode activar a qualquer momento, o jogo está literalmente povoado de situações aleatórias, em que podemos ou não participar. É extremamente comum ir a cavalgar por uma estrada de terra, e algúem gritar por socorro. Quando nos aproximamos para ajudar, empurram-nos do cavalo e roubam-no. Claro que depois o castigo pode ser tramado, e envolve geralmente tiros em cheio pelas costas.

O sistema de cover e disparo do jogo é bastante semelhante aos outros jogos da Rockstar, mas introduz uma nova mecânica chamada Dead Eye, em que podemos activar uma espécie de câmara lenta, e escolher vários alvos diferentes, para depois os alvejar num abrir e fechar de olhos. Esta é uma ferramente fundamental durante todo o jogo, principalmente quando vamos a cavalgar e somos rodeados de vários inimigos.

Cabe ao jogador escolher como se comportar perante as situações que lhe são apresentadas. Pode-se recorrer sempre ao velho adágio de correr tudo à lei da bala, ou podem ser mais correctos e colaborar de forma mais respeitosa com a justiça. Cada boa acção adiciona pontos de moralidade enquanto que comportamento de criminoso contribui para a infâmia.
Red Dead Redemption Red3
O mundo de Red Dead Redemption tem muito, mesmo muito para oferecer, e para além do singleplayer, Red Dead Redemption tem também um modo multiplayer. O multiplayer é no entanto, para mim, a vertente mais fraca do jogo. Apesar de ter algumas boas ideias, a Rockstar ainda não conseguiu atingir um patamar de excelência que conseguiu com o singleplayer. O Lobby do multiplayer, é na verdade todo o mundo do jogo, mas a que foi retirado as actividades, e onde se pode andar aos tiros com outros jogadores, ou a matar NPC’s, e pouco mais oferece para além disso, tirando o facto de se poderem formar grupos de bandidos que não só andam por esse mundo aberto, como depois podem entrar como equipa, nos diversos modos de jogo, e alguns desafios que podem ser completados de forma a ganhar mais XP. Nesses diversos modos de jogo, há o normal Capture the Flag, que na realidade é feito com sacos de ouro, em vez de bandeiras, para além de outras variantes, em que é preciso ir apanhar o saco de ouro num ponto aleatório do mapa, e trazê-lo para a base da nossa equipa, ou então o simples deathmatch. No início de cada partida há o chamado Mexican Standoff, uma espécie de duelo só que em vez de ser 1 contra 1, é uma equipa contra a outra equipa. Também é possível fazer umas missões em co-op que envolvem matar todos os inimigos que estão a dominar uma determinada área, seja uma cidade, ou um acampamento. O multiplayer faz uso dos agora normais sistemas de pontos de experiência, com os quais é possível subir de nível para conseguir novos personagens, novas roupas, novos cavalos e novos títulos. O multiplayer entretém, mas não é de todo algo nunca visto, com a excepção do próprio lobby também ser jogável que poderá concerteza ser o exemplo a seguir.

Graficamente, Red Dead Redemption está muito bem conseguido. O motor Rage volta a conseguir dar cartas, e mostrando melhor aspecto do que em Grand Theft Auto 4. As noites estreladas, as tempestades com trovoada, o dia com o sol abrasador, tudo é mostrado com grande qualidade o que permite uma grande imersão neste mundo. O som também não deixa nada a desejar, com a trovoada e a chuva nas grandes planicies e o cavalgar pelas estradas de terra, e até as cascavéis escondidas no meio das ervas recriadas de forma exemplar. O pequeno senão é talvez algum desiquilíbrio entre o som das vozes o os efeitos sonoros. É preciso ter o som um bocado alto para ouvir bem as vozes, o que faz com que os efeitos sonoros e música possam ficar um pouco altos.

Os pontos negativos do jogo de que vale a pena falar, são mesmo os inúmeros bugs que se vai encontrando um pouco por todo o lado, e alguns deles graves. É preciso não esquecer que a Rockstar San Diego foi há uns meses atrás alvo de má publicidade, quando um grupo de familiares de funcionários descontentes, se juntaram para dar a conhecer as más condições de trabalho. Assim, é fácil compreender porque é que este é o primeiro jogo da Rockstar com tantos problemas técnicos. Como se costuma dizer, até no melhor pano cai a nódoa, e este é sem dúvida um grande exemplo desse provérbio. Não só porque a Rockstar nos tem habituado a jogos com grande qualidade técnica, mas também porque Red Dead Redemption é realmente uma grande obra. E a verdade é que mesmo com alguns bugs graves (mas que a Rockstar tem tentado corrigir com pelo menos 2 patches que já foram lançados) Red Dead Redemption não deixa de brilhar. E como brilha… É um jogo absolutamente recomendado, e é mais um grande candidato a jogo do ano.


Ajuda aí : (só clicar nele)

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Última edição por llluuua em Dom Out 30 2011, 05:14, editado 6 vez(es)

2Red Dead Redemption Empty Re: Red Dead Redemption Dom Out 30 2011, 04:50

_Portuga_

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Faltou Mais Imagens , Mas Para Um Tutorial Iniciante Está Otimo , Parabens .
Está Bem Organizado , Bem Colorido ... Parabens mesmo ... Continue assim...

3Red Dead Redemption Empty Re: Red Dead Redemption Dom Out 30 2011, 05:17

lucases

lucases
Bronze Member
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Tutorial pefeito , muito bem explicado Feliz .

4Red Dead Redemption Empty Re: Red Dead Redemption Dom Out 30 2011, 05:37

llluuua

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lucases escreveu:Tutorial pefeito , muito bem explicado Feliz .

Po valeu demorei mt pra fazer ^^

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